O romance distópico “O Conto da Aia”, de Margaret Atwood, narra uma sociedade do futuro em que as mulheres vivem completamente submissas e têm seus direitos sexuais violados.

Apesar de se tratar de uma obra de ficção, atualmente existem diversos discursos e comportamentos que ainda procuram colocar mulheres sob repressão. Isso porque o sexo ainda é considerado um tabu e está cercado de ignorâncias e preconceitos.

Por outro lado, os profissionais da saúde se dedicam a estudar e orientar as pessoas sobre o assunto. O Dr. Fausi Santos, que mora em Bauru, é especialista em psicanálise e sexologia. Ele alerta que, além de abranger o físico, a sexualidade está intimamente ligada à saúde mental.

Formação e trajetória

O Dr. Fausi é formado em Filosofia, mestre em linguística e doutor em educação escolar. Seu foco sempre foi trabalhar com sexualidade no universo digital e a influência disso no comportamento dos usuários.

A partir de seu curso de formação, ele se especializou em psicanálise clínica. A psicanálise é um campo de estudos criado pelo Dr. Sigmund Freud e consiste na interpretação de sentimentos e emoções, e a influência do subconsciente sobre as ações humanas.

A relação entre psicanálise e sexologia

Fausi trabalha com orientação clínica nas duas áreas. O psicanalista é um intérprete. Ele faz o manejo da interpretação dos mecanismos que estão no consciente e no inconsciente. Na análise, nós interpretamos os conteúdos não só relacionados à sexualidade, mas também neuroses e outros transtornos, como depressão e ansiedade”, comenta.

O profissional faz uma entrevista preliminar, para entender os sintomas do paciente. Ele explica como as sessões funcionam e fecha o contrato psicanalítico.

Ele lembra que toda análise pode lidar com questões que doem. “A pessoa deve se preparar para nem sempre sair daqui leve. Mas é necessário mexer em alguns traumas, completa.

Antes de iniciar a terapia, os pacientes com queixas relacionadas à sexologia devem se consultar com um médico (ginecologista, urologista ou endocrinologista) para descartar quaisquer questões orgânicas, anatômicas ou hormonais.

Quando está tudo ok com o corpo, aí sim começa a investigação sobre o estado de saúde da mente.

Queixas mais comuns

O Dr. Fausi explica que as queixas variam. Entre os homens, o motivo mais comum pelo qual eles procuram o consultório é a disfunção erétil.

Já entre as mulheres, as causas são dor na relação e anorgasmia, que é a incapacidade de chegar ao orgasmo.

“Eu identifico os elementos estressores, que podem ser falta de afeto, amor ou compreensão, toxicidade masculina na relação e até o medo da gravidez”, explica o psicanalista. Ou seja, se a mulher não se sente à vontade por algum motivo, isso pode influenciar sua relação com o parceiro ou parceira.

Influência da pandemia

Com a chegada da pandemia, as queixas de disfunções sexuais de homens e mulheres se intensificaram. Segundo o Dr. Fausi, os motivos são diversos, podendo estar relacionados à saúde física e psicológica.

“Isso pode se dar pela ansiedade da morte, pelas sequelas da doença, infertilidade… Existem vários estudos que mostram a relação entre a Covid e as disfunções. Até mesmo o desemprego. Como uma pessoa vai pensar em prazer se a cabeça dela está na comida?”, explica o psicanalista.

Realidade distorcida

Além dessas queixas, o Dr. Fausi também explica que muitos pacientes também são frustrados por idealizarem performances baseadas em conteúdos pornográficos.

Ele ainda alerta que vivemos em uma sociedade que cultua a jovialidade e condena o envelhecimento. “É visto como uma derrota. E aqui também entra a clínica psicanalítica – a aceitação da ideia de que tudo na vida tem um começo, um meio, um ápice e um declínio”, explica o profissional.

A importância da educação sexual

Como professor, o profissional ainda ressalta a importância da educação sexual desde a infância, e destaca que o trabalho deve começar com a família.

“As pessoas associam a educação sexual a aprender a fazer sexo. Na verdade ela é, antes de mais nada, o cuidado de si, o reconhecimento do corpo, os sentimentos, as transformações, sem falar sobre a proteção contra violência e abusos”, explica.

Segundo ele, a abordagem realizada nas escolas se restringe à prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e gravidez indesejada. “As grandes questões existenciais, principalmente com a puberdade, não são discutidas. Se não tem espaço na família nem na escola, onde elas vão procurar? Em canais de pornografia. E a imagem que é passada é extremamente selvagem, com submissão da mulher, exploração e que não tem nada a ver com prazer”, completa.

Atendimento do Dr. Fausi

A maior parte do público do Dr. Fausi é jovem – 25 anos, em média –, mas ele atende desde adolescentes até idosos, de forma presencial e também online (por videoconferência).

As sessões duram, em média, 50 minutos e o tempo da terapia varia de acordo com o tratamento. “Há questões pontuais e pessoas que já estão comigo há alguns anos. Alguns casos são como um novelo de linha. A pontinha, na verdade, é parte de algo muito maior”, completa o psicanalista.

Ele finaliza: “A pessoa deve saber que ela não está sozinha, e que o terapeuta está ao lado dela para auxiliar neste processo”.

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Serviço
Dr. Fausi Santos – Psicanalista e Sexólogo
Endereço: R. Ignácio Alexandre Nasralla, 8-28
Contato: (14) 3018-6361 | (14) 99746-3249 (WhatsApp)
Instagram: @dr.fausi_
Facebook: Fausi Santos

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