Sabe o dizer “sinta-se em casa”? No restaurante Kameo isso realmente acontece. Com uma história já escrita na comida oriental bauruense, o restaurante abre as portas da garagem da mãe de Célio Kameo, mais uma vez, para um ambiente familiar e que resgata a tradição do restaurante japonês.

O Social Bauru bateu um papo com Célio Kameo e Marcelo Uchida para desvendar como um restaurante oriental em uma garagem deu tão certo!

Há quanto tempo existe o restaurante?

Marcelo: Há um ano e meio.
Célio: Isso, eu já tinha o restaurante que era um delivery no início. Com a venda do restaurante, senhor Noboru, que é casado com a minha mãe, queria voltar a fazer comida oriental. Ele, que vem de uma tradição de mais de 20 anos aqui na cidade, sentiu vontade de voltar à ativa. Então, eu decidi montar uma estrutura aqui na casa dela, mas com a ideia inicial não atender ninguém aqui no restaurante e somente atuar com as entregas. O projeto deu tão certo que tivemos que ampliar a nossa estrutura. Alguns clientes começaram a frequentar o local, também fomos mais convidados a participar de eventos e como cresceu muito, convidei o Marcelo para ser meu sócio, há um ano. O Marcelo é meu amigo há muito, praticamente da família e nosso cliente assíduo, então, não tinha porquê não convidá-lo para esta parceria.
Marcelo: Sou cliente desde criança! (risos).
Célio: Sempre frequentou a cozinha, inclusive!
Marcelo: A nossa relação é muito familiar: a minha avó foi madrinha de casamento da mãe dele; nossos pais pescavam juntos e sempre tivemos muita intimidade. Acho que essa relação familiar é que conseguimos passar para o restaurante e é o que mais atrai nossos clientes hoje.

E quando vocês decidiram abrir esse espaço?

Marcelo: No começo, os nossos amigos que vinham para cá, porque já tinham intimidade e ficavam mais à vontade com a informalidade do local. Mas o boca a boca nos surpreendeu. Um começou a contar para o outro e fomos recebendo mais visitas. Tudo aconteceu por causa dos clientes.
Célio: Nós resgatamos os clientes antigos e que são mais tradicionais.

Em relação ao cardápio, quais as opções?

Célio: Os dois cardápios, tanto o daqui do restaurante, quanto o delivery são iguais, com somente algumas exceções. Quatro pratos que acompanham molhos é que não estão disponíveis para a entrega, mas somente isso. Atualmente, os pratos que mais saem são o sushi e o yakissoba, que é com o macarrão frito.
Marcelo: Aliás, essa é uma das receitas mais conhecidas do Sr. Noboru porque o macarrão é frito como um ‘chips’ e fica crocante, diferentemente de outros locais. Neste caso, ele amolece com o próprio molho.

Como estava o momento profissional de vocês para a abertura deste estabelecimento?

Marcelo: Eu sou professor de Química e dou aula em Bauru e região. Atualmente, dou aulas durante o dia e quase todas as noites eu estou aqui.

Em Bauru a comida oriental é bem forte, em algum momento vocês se preocuparam com essa concorrência?

Célio: Não. Na verdade eu quis resgatar aquilo que a comida oriental tem perdido. Porque o pessoal migrou para o lado de fast-food, festival e rodízio.
Marcelo: Coisa que nós não fazemos.
Célio: Nós quisemos resgatar a tradição à la carte, elaborar bem o prato e servir o cliente. Esse é o método tradicional oriental. Deixar o prato apresentável e “comer com os olhos”.
Marcelo: E além disso, o nosso cardápio oferece variedades até pra quem não come peixe. Nossos pratos quentes vão de carne de porco a filet mignon. São pratos que atraem até mesmo quem não gosta de peixe cru.

E vocês sentiram a resposta dos clientes?

Célio: Sim! Porque o Kameo foi crescendo assustadoramente.

Vocês têm algum projeto para esse ano?

Marcelo: Nós estamos participando agora dos circuitos gastronômicos com a parceria do Sebrae. O segundo circuito acontece no dia 20 de junho e nós já confirmamos presença. É uma forma de atrair o pessoal que ainda não conhece o Kameo. Essa é nossa intenção.
Célio: Participamos também do “Chef na Praça”.

Como foi a resposta pelo “Chefe na praça”?

Marcelo: Foi muito boa! Muita gente ainda não conhecia, então para a divulgação do restaurante foi uma experiência ótima.
Célio: Para o nosso próprio treinamento, lidar com mais pessoas em um grande evento.
Marcelo: Pela quantidade de mesas dispostas no evento, nós lidamos com mais ou menos três mil pessoas nos dois dias. Nós servimos no “Chefe na praça” o nosso prato mais elogiado, que é o hot roll. Eles falavam que mesmo em São Paulo eles nunca tinham comido um hot roll igual o nosso.

O fato do local ser realmente uma casa, ter uma cara de casa… quais as vantagens e desvantagens?

Marcelo: Teve uma vez que nós questionamos isso, pensamos em sair e procurar um lugar mais comercial. As questões eram de espaço mesmo, período de chuva e frio, por exemplo, limitava os lugares, agora melhorou. Mas todos os clientes falam do ambiente, se você abrir nossa página do Facebook dá para ver isso. É um ambiente diferenciado que não tem cara de restaurante. E nossos clientes falam para a gente ‘não saiam daqui’. O Noboru começou assim, era a casa dele. Ela morava lá. A casa foi reformada aos poucos até virar um restaurante.

Ela deve pensar “já vi esse filme”, né? (risos)

Célio: Com certeza! Ela ainda mora aqui, mas está tudo tomado já, igual da outra vez (risos).

Então o plano de mudar o lugar foi descartado?

Marcelo: Por enquanto essa ideia não existe mais.
Célio: O nosso único problema aqui nesse local é que a cozinha é pequena e isso pode eventualmente atrasar pedidos, pois, além do salão, nós temos o delivery também. Então eu tenho que intercalar para ninguém sair prejudicado, mas mesmo assim tem dias que os pedidos podem levar um certo tempo para serem entregues. Então a ideia que ainda está em pauta, é a locação de um outro lugar para ter uma cozinha maior e mais profissional, mas o salão com certeza continuaria aqui!

Vocês não tiveram receio de colocar “estranhos” dentro de casa?

Célio: Não, porque na verdade a gente conhece todo mundo. O negócio começou entre amigos e a nossa maior divulgação foi a “boca a boca”. Então quem entrava aqui tinha sempre alguma relação com alguma outra pessoa que nós conhecíamos. Acaba sendo uma grande família, na verdade. Nós optamos por abrir aqui às 18h30. Mas, muitas vezes, 18h já temos pessoas aqui em frente esperando. É tudo muito despojado, familiar e tranquilo.

O restaurante funciona aos domingos?

Marcelo: Por enquanto só em eventos especiais. Por exemplo, nós abrimos no dia das mães. Ou em domingos com clima frio nós podemos abrir para o almoço. Para isso acontecer no verão nós teríamos que fazer uma modificação no salão e colocar ar condicionado.

Serviço
Endereço: Rua Doutor José Maria Rodrigues Costa, 3-48, Parque Jardim Europa
Horário de funcionamento: Segunda à Quinta das 18h30 às 22h30
Sexta e Sábado das 18h30 às 23h
Entrega de delivery para Bauru inteira e Agudos

Compartilhe!
Carregar mais em Gastronomia
...

Verifique também

Coisa Boa do Chef Moa terá acarajé feito na hora nesta quarta-feira (24)

O bar Coisa Boa do Chef Moa prepara novidades para esta semana! Nesta quarta-feira (24) o …