Bauruenses comenta a idade máxima para ir à balada

No último mês, um e-commerce britânico chamado Currys PC World, lançou uma pesquisa chamada “The Great Indoor” comemorando todos os bons motivos de ficar em casa e que a tecnologia tem grande influência. Mas a grande polêmica é que, aparentemente, o estudo encontrou o limite de idade para ir à balada – 31 anos!

Dos cinco mil adultos entrevistados, 46% temem uma noite fora, preferindo o conforto de suas casas. Outro resultado surpreendente da pesquisa é que 31 anos é quando oficialmente os britânicos aposentam os sapatos de dança e preferem ficar em casa. Além disso, 37% das pessoas responderam que “não há nada mais trágico do que ver adultos em seus 40 e 50 anos cercados por jovens de 20 anos em bares e boates”.

Na balada de Bauru

Se você nasceu lá pelos anos 80 e ainda gosta de curtir uma balada, não desanime. Nós também fizemos uma pequena pesquisa e concluímos que, para os bauruenses o que importa não é a idade, mas sim o interesse em sair uma noite para dançar.

O bauruense Phillipe Halley, de 30 anos, conta que começou a frequentar a vida noturna aos 17 anos e não pensa em parar. “Hoje em dia, estou mais seletivo quanto às festas e às companhias e vou com menor frequência, mas não penso em deixar de ir a festas. Quero ir até não aguentar mais dançar”, conta.

Apesar de não ser uma regra, com o passar do tempo as preferências mudam e, com isso, o jeito de se divertir também. Ainda segundo a pesquisa “The Great Indoor”, alguns dos motivos para não ir à balada são os fatos de ter que se vestir de outro modo (22%) e encontrar babás (12%). Além disso, aproximadamente sete em dez pessoas disseram ser um alívio encontrar “a pessoa cerra”, o que significa não precisar sair à noite para achar um pretendente e finalmente poder dormir de conchinha.

Larissa Balarim Manzatto, 30 anos, conta que se identificou com a pesquisa, mas acredita que não há idade limite para ir à balada. “Comecei a ir às baladas teens com 12, 13 anos. Mais tarde, aos 18, frequentava algumas aqui de Bauru, como a W, por exemplo. Hoje em dia eu vou bem pouco ou quase nada à baladas. No decorrer da vida, assumimos maiores compromissos pessoais e sobra menos tempo para curtição”, diz.

Sem preconceitos

Para saber a opinião do público cativo das baladas hoje em dia, conversamos com jovens bauruenses dos anos 90 sobre pessoas mais velhas ativas na vida noturna.

“Acho que as pessoas, independente da idade, têm direito de se divertirem. Na visão de muitas pessoas, há preconceito sim. O ato de ir para a balada já é associado como sendo uma prática jovem, então as pessoas acabam criando um parâmetro de idade. Para mim, não tem idade pra que as pessoas possam se divertir da maneira que desejarem. No entanto, é importante ressaltar que existem baladas e baladas, inclusive para faixas etárias diferentes, o que acaba dispersando essa linha divisória” – Isabela Afonso

“Não acho que existe idade máxima para ir à balada, até porque quem determina isso é a pessoa que frequenta e não convenções sociais. Tá liberado ir, desde que você se sinta bem. Não acho que existe isso de pessoas serem consideradas velhas para ir para a balada. Apesar de que em torno dos 40 anos é uma idade onde geralmente algumas pessoas já estão estabilizadas em suas famílias e pode rolar um preconceito, mas quem deve definir a idade certa para frequentar certos tipos de lugares é a pessoa” – Carolina Freire

“Não acho que existe uma idade máxima. Mas acho que isso varia de pessoa para pessoa. Tem gente com 20 anos que não gosta de sair e gente com mais de 40 que sai todo final de semana. Acho que as pessoas não podem ser consideradas velhas demais pra ir à balada. Aliás, pra fazer qualquer coisa. A gente tá sempre impondo regras para o nosso cotidiano, falando que estamos velhos demais pra certas coisas, sendo que muitas vezes não é verdade. A galera tem o direito de se divertir como achar melhor. Acho que é uma pesquisa válida, mas não porque a galera está velha. Mas, sim, porque as prioridades mudam. Filhos, trabalho, etc. E também porque chega uma hora em que as pessoas não ficam tão dispostas. Só que isso não é regra, né? Como eu disse: tem gente com 20 anos que gosta mais de ficar em casa” – André Dal Corsi

“Se a pessoa gosta e se diverte, ela pode ir com qualquer idade. Depende da cabeça de cada um e de como a pessoa gosta de se divertir. Não tem como delimitar uma idade. Acho que naturalmente as pessoas vão perdendo o interesse nas baladas conforme vão amadurecendo e criando responsabilidades e família. Mas nada impede de uma pessoa bem mais velha querer ir à balada às vezes. Acho que delimitar uma idade correta assim não tem como, porque cada pessoa é diferente. E depende do modo de cada um enxergar a diversão, se balada é sinônimo de diversão, se joga! Não importa a idade” – Larissa Zapata

“Não concordo com isso, pois acredito que não existe idade limite para ir à balada, cada pessoa deve fazer o que sente bem e à vontade. Além disso, a ida de pessoas mais velhas não traz prejuízo nenhum para ninguém e nem para festa. A balada é um espaço de diversidade, onde todos devem ser bem-vindos, na teoria, espero que na prática isso também aconteça. Tenho 23 anos, e me preocupo com o fato de um dia não ‘poder’ mais sair, acredito que possa ir à balada com qualquer idade. Porém, acredito que apesar de nova já perdi o pique para festas que vão até o amanhecer, e isso costuma acontecer com muitas pessoas com o passar dos anos. Mas não existe regra, e há espaço para todos se divertirem” – Isadora de Oliveira

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