Primeiramente peço desculpas pela demora em publicar/escrever minha coluna, que era para ter sido feita duas semanas atrás. Mas esse mês resolvi esperar, ter calma e pensar no que realmente queria transmitir para vocês.

E eu não queria falar sobre mim, especificamente. Quero escrever histórias de outras pessoas que passaram, que estão passando ou que estão em minha vida e como elas afetam o meu ser.

Durante todo o ano de 2017 e 2018, me fechei num ciclo de pessoas e parecia que minha vida era só essas pessoas. 2019 me deu a oportunidade de mudar isso. Conhecer novas pessoas e reencontrar antigos amigos e amores.

Como todos sabem, sou jornalista e tenho quase certeza que uma característica presente em todos os jornalistas é a curiosidade. Em uma dessas de ir buscar informações me encontrei no meio de uma história logo no primeiro mês do ano. Dei-me a chance de ser personagem de outro ser, que também está em busca de viver sua história como protagonista, após anos, dividindo a cena, não de forma antagônica.

Quando um novo personagem entra em cena, após todos do público já shipparem o casal, é difícil até para o protagonista se acostumar com um novo artista em sua história. Afinal, o roteiro já parecia ter sido escrito e com um final pronto. Mas, como toda novela e filme, a vida vai de acordo com a audiência. E se ela está baixa, com certeza, os rumos das conversas e a direção dos olhares passam para outro lugar.

Acredito que até seja uma forma da pessoa voltar à realidade. De perceber que existem novas histórias, novas cenas, novos personagens e, principalmente, um novo final.

O diretor nem sempre acerta nas escolhas, apenas faz um teste para saber se a história terá um final feliz ou não. Às vezes, chega a insistir tempo demais até chegar o momento certo de seguir em frente. Quantas vezes aquele casal que já não fazia mais sentido continuavam juntos e, no final, quando os dois terminam com outras pessoas a gente percebe o quanto fez mais sentido essa escolha?!

Não é fácil ter novas falas. Não é fácil dividir a cena com outro personagem. Mas se a arte imita a vida, não seria então mais fácil aceitar que nossa vida também imita a arte e estamos correndo o risco de viver no imprevisto? E que, talvez, essa fosse a chance de dar um novo final para sua história, melhor do que imaginou?

Não tente escrever os capítulos da sua vida esse ano, não deixe um roteiro programado. Seja ela comédia, drama ou romance. Só seja o protagonista da sua vida e esteja preparado para que, esse ano, você possa ter novos personagens nela.

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