Maestro, do italiano, significa mestre. Por isso, quando vemos aquela pessoa em cima do palco, mexendo os braços e fazendo toda uma orquestra tocar, já o associamos como líder, aquele que conduz os músicos.

Na verdade, ser maestro é muito mais do que só “mexer os braços no palco”. Por isso, três maestros de orquestras bauruenses explicam a profissão e a importância da música erudita na nossa cultura.

Marcador de tempo

Ainda que o maestro seja visto como o líder da orquestra, antigamente, não era bem assim que funcionava. É o que explica o maestro Alexei Lisounenko, da Sons de Bauru Coral e Orquestra.

“Antigamente, não tinha uma pessoa que marcasse o tempo dos instrumentos nas orquestras. Então começaram a escolher o músico menos hábil para marcar o tempo na frente do palco com um cajado. O regente, no início, era a pessoa menos musical e com o tempo começou a evoluir e estudar sobre a música”, explica.

Hoje, sem o cajado, os maestros usam os movimentos com os braços para marcar o tempo e o ritmo na música. E não é nada aleatório! O braço direito marca o tempo, enquanto o esquerdo, a sensibilidade e intensidade do som. Por isso, o regente tem a função de criar a harmonia entre os músicos e refinar o som dos instrumentos.

Mais do que paixão, profissão

Para ser maestro é preciso muito mais do que a paixão pela música. A profissão de condutor de uma orquestra, banda ou coral exige responsabilidade e muito conhecimento da área musical.

Mas calma, não é só porque o regente precisa conhecer tudo sobre a música, que ele toca todos os instrumentos! Geralmente, um maestro é alguém que se especializou em algum instrumento ou que já tocava em uma orquestra.

O conhecimento técnico em performance e na área teórica são essenciais, contudo, a formação acadêmica não é uma regra. O maestro Devanildo Aparecido, da Banda Sinfônica de Bauru, destaca que os anos de estudos são longos e nada fáceis.

“O maestro fica por horas e horas pesquisando e trabalhando gestos para que o ensaio seja o mais simples e claro possível. Isto não é uma tarefa nada fácil, mas é muito gratificante”, comenta.

Mas os maestros não atuam apenas nas orquestras. A profissão pode estar presente em vários ambientes musicais como em escolas, bandas e fanfarras, universidades, igrejas, teatros e demais atividades culturais.

Em cima do palco

A recompensa de anos de estudos e aperfeiçoamentos vêm quando se está em cima de um palco. Horas e horas de ensaio se mostram gratificantes para o maestro. É o caso de Luciano Manduca, maestro da Filarmônica da ABDA de Bauru.

“É muito gratificante quando você vê o resultado do seu trabalho. Ver também o crescimento de cada músico mediante ao repertório que foi escolhido e a sensação de transmitir ao público um bom resultado nos faz sempre querer mais”, afirma.

Por isso, a recomendação de Luciano é que todos os bauruenses assistam a apresentação de uma orquestra, banda ou coral. Para quem quer ouvir uma música diferente do estilo do cotidiano, não irá se decepcionar!

E claro que você pode conferir o trabalho desses três maestros aqui em Bauru.

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