Dormimos e acordamos mexendo no celular, computador ou tablet. Os aparelhos eletrônicos fazem parte de nossas vidas. No entanto, o que muitos não sabem é que esses dispositivos podem carregar vilões para nossa saúde de forma silenciosa.

A Profª Dra Valéria Cataneli Pereira, biomédica e especialista na área de micro-organismos e parasitas, afirma que os equipamentos, por apresentarem uso contínuo, podem carregar diversas bactérias.

“Os aparelhos eletrônicos, tais como os televisores, notebooks, celulares, etc, juntam poeiras, que servem para veicular bactérias, fungos e vírus. Além disso, podem apresentar manchas de gorduras, oriundas do contato com a pele, que podem garantir a permanência desses micro-organismos por mais tempo no local”, comenta.

Com exceção dos vírus – que são parasitas intracelulares obrigatórios e precisam de uma célula para se replicar – a professora explica que as bactérias e os micro-organismos podem se acumular e se multiplicar nas superfícies de nossos eletrônicos.

Cuidados a serem tomados

Em tempos de pandemia, os equipamentos requerem um cuidado especial. Por conta do risco de infecção, a docente afirma que, em geral, deve-se limpar os aparelhos eletrônicos semanalmente para a remoção da poeira. Entretanto, dispositivos que têm contato frequente com a pele, como celular e computador, devem ter atenção redobrada. Portanto, devem ser higienizados até três vezes por dia.

“Esse procedimento deve ser realizado mesmo quando não saímos de casa, pois evita o acúmulo de sujeiras e gorduras nas superfícies dos equipamentos, eliminando todos os possíveis agentes patogênicos”, revela a professora.

Use produtos específicos

Para limpar os eletrônicos, a orientação de Eugênio Mira, professor e analista de Tecnologia da Informação da Fatec de Bauru, é utilizar produtos específicos para essa função. Caso contrário os dispositivos podem ser danificados.

“A maioria dos produtos de limpeza comuns têm, na sua composição, água ou outros produtos químicos que podem oxidar as partes metálicas, gerando mal funcionamento e até inutilizando o equipamento. Solventes como tíner e gasolina não devem ser usados em nenhuma hipótese. Também é desaconselhável o uso de álcool em gel ou álcool comum. Nunca use papéis ou panos que soltem fiapos (esses podem se prender nas partes internas dos aparelhos) ou panos de material sintético, pois esses podem gerar eletricidade estática com o atrito e podem prejudicar os dispositivos”, alerta o professor.

Assim, Eugênio recomenda o uso de um pano de algodão e álcool isopropílico. Esse tipo de álcool é próprio para limpeza interna de placas de circuito eletrônico e, por conter menos de 1% de água em sua composição, retira as impurezas sem agredir quimicamente os dispositivos.

No entanto, esse produto precisa ser manuseado com cuidado, já que é mais inflamável e possui um cheiro forte. Dessa forma, o mantenha longe de fontes de calor e o utilize com luvas em um local bem arejado. Caso não tenha álcool isopropílico em casa, é possível encontrar este item à venda em lojas de aparelhos eletrônicos ou de materiais de escritório.

Passo a passo para desinfetar

Agora que já sabemos o que pode e o que não pode ser feito, vamos à limpeza! Confira um tutorial de como desinfetar seu aparelho eletrônico no infográfico abaixo:

Consultoria
Profª. Dra Valéria Cataneli Pereira – Docente permanente do Mestrado em Ciências da Saúde e dos cursos de Graduação de Biomedicina e de Ciências Biológicas da Unoeste.
Prof. Me. Eugênio Mira – Docente em Tecnologia da Informação na Fatec

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