Quando se conheceram em 2021, a fonoaudióloga Lais Verardo e a psicóloga Jennifer Secco logo perceberam que compartilhavam as mesmas ideias.

Especialistas em atendimento infantil, ambas sentiam falta de combinar diferentes áreas na abordagem com crianças, buscavam novas formas de atuação (incluindo o home care) e compreendiam como é importante um maior apoio para as mães.

Essa sensação era ainda maior para Laís, que foi mãe aos 20 anos. “Eu virei mãe enquanto fazia faculdade, e tive que lidar com a maternidade sozinha”, conta, refletindo sobre a criação da filha Helena. Ela entende como a falta de suporte, a rotina corrida e o abandono podem afetar o desenvolvimento das crianças.

Nas conversas entre as duas, os assuntos incluíam ideias sobre como melhorar o atendimento nos consultórios, além de perceberem que tinham postura, modos de trabalhar e valores parecidos. Foi assim que começaram a pensar em como juntar as especialidades, o que levou à criação da Equipe Lúdica.

“Conversávamos sobre necessidades que não estavam sendo enxergadas e que geravam angústias em nós como terapeutas e que afetava os pacientes”, diz Jennifer. “Nosso incômodo era com métodos que atuam com muitas horas na clínica, o que acaba deixando a família em segundo plano”, acrescenta Laís.

Facilitadoras do desenvolvimento infantil

Em seguida, as duas passaram por um processo de um ano de preparação, com testes, conversas com mães, criação e amadurecimento de ideias e estruturação dos serviços, antes do lançamento oficial da Equipe Lúdica há três meses.

A proposta é ser uma facilitadora do desenvolvimento infantil, atuando de forma complementar ao processo terapêutico tradicional.

Com serviço personalizado e home care, as profissionais agregam pais, família, escola, entre outros no atendimento de crianças de diferentes idades.

“Desde uma mãe no período do puerpério ou um bebezinho que está com dificuldade na introdução alimentar até uma família que está percebendo comportamentos atípicos do filho ou que está preocupada com o desenvolvimento da criança”, exemplifica Laís.

Isso inclui atuar para demandas de neurodivergência, como TDAH, Transtorno do Espectro Autista (TEA), Dislexia, entre outros.

E também para os típicos em diferentes necessidades. Seja para contribuir com o desenvolvimento infantil ou preparar a família para lidar com situações e problemas específicos e atuar em marcos tradicionais do crescimento, como desmame e desfralde, por exemplo.

O que é a Equipe Lúdica na prática

A principal característica da Equipe Lúdica é atender localmente, ou seja, fora do “ambiente esterilizado da clínica”, começando pela observação da rotina. “E não é só fazer visitas, e sim uma imersão para entender o contexto global da família”, esclarece Laís. “Vamos entender as reais dificuldades, determinar o que não está no eixo e apontar intervenções específicas”, acrescenta Jennifer.

Com informações que envolvem elementos além do paciente, a Lúdica faz uma mentoria familiar. A ideia é instrumentalizar os pais para lidar com as situações da casa, educando na prática e criando abordagens no “habitat natural da criança” e de acordo com a rotina da família.

Oficina realizada pelas criadoras da Equipe Lúdica

“Não vamos impor métodos que não condizem com a realidade. É identificar quais recursos são mais fáceis de serem aplicados naquele local”, explica Laís, comentando que, por isso, cada protocolo de atuação delas é personalizado e exclusivo do paciente.

Oficina realizada pelas criadoras da Equipe Lúdica

Da mesma forma, elas pensam estratégias voltadas para os locais em que a família transita, como supermercados, cinemas, escolas, shoppings, entre outros. Nesse caso, observam o paciente nesses ambientes e desenvolvem formas de atuação a partir de situações específicas.

“Uma coisa é você falar no consultório e mostrar o que fazer, outra coisa é ajudar a aplicar na prática no local”, diz Jennifer.

Atividades lúdicas para dar autonomia

Outro objetivo é oferecer autonomia para as famílias, ou seja, não é um tratamento a longo prazo. Para cada paciente, é pensado um ciclo de oito sessões. “Como a gente envolve a família nos atendimentos, faz com que ela se sinta corresponsável. Isso facilita que os pais assumam a responsabilidade quando saímos do local”, comenta Jennifer.

Dentro desses oito encontros, a Lúdica pensa em atividades específicas para cada criança em cada ambiente. Isso inclui as estratégias tradicionais das áreas de conhecimento delas, assim como materiais próprios criados pelas duas.

Oficina realizada pelas criadoras da Equipe Lúdica

“Antes, nós usávamos material genérico. Só que cada criança aprende e se desenvolve de um jeito, então, nós confeccionamos recursos personalizados. O objetivo é que sejam adaptáveis, mostrem aos pais o porquê de cada atividade e que ofereça um momento prazeroso para a família”, informa Jennifer.

Inclusive, elas disponibilizam esse material próprio da Equipe Lúdica para pais, educadores, professores, terapeutas e outros profissionais que atuam com crianças.

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Serviço
Equipe Ludica
Contato: (14) 99106-8311
Instagram: @equipeludica

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