Eu estou bem. Isso não significa que minha saúde mental não está comprometida. Só me permiti dar um tempo.

Quando somos jornalistas, escritores, etc, carregamos o fardo, ou não, de falar e escrever sobre tudo aquilo que vivenciamos, seja no âmbito pessoal ou profissional. Apesar disso, acabamos por guardar sentimentos dentro de nós. Alegria, tristeza, dor, sofrimento, amor, uma infinidade de emoções. Não que sejamos especiais por isso. Todo mundo carrega dentro de si diversas lutas.

Mas, com o tempo, percebi que eu não precisava comentar e discutir sobre tudo a todo o momento. Por isso me silenciei nos últimos meses e também a minha coluna no Social Bauru.

Assim, como muitas pessoas destilam e pregam o ódio na Internet, eu – e sei que mais um tanto de pessoas – tentava e tento combater essa fúria. Mas eu estava me tornando igual a eles. E foi aí que comecei a compreender a importância de ouvir mais e falar menos. Algo que é nos falado desde sempre, mas que não colocamos em prática. Podemos pegar como exemplo o próprio BBB, que ainda falarei sobre isso, mas não hoje.

Então, eu necessitava não só silenciar minha escrita, minhas histórias, e deixar de compartilhar com vocês minhas experiências, como também precisava silenciar meu coração. Confesso que foi a melhor decisão que já tomei nos meus poucos anos de vida. Depois que fiz isso, comecei a compreender muito mais o próximo. Algo que está sendo muito difícil hoje em dia.

Não sei se irei continuar escrevendo na minha coluna aqui no Social recorrentemente, igual antes. Apesar de amar colocar um pedacinho de mim em cada história, crônica, enfim, sei da responsabilidade e do peso das palavras. Espero um dia poder controlar mais esse vulcão que sou, ao ponto de não entrar em erupção, com medo do que vem pela frente.

Enquanto eu não aprendo, prefiro permanecer em silêncio. E você, já praticou o silêncio hoje?

Confira mais textos da colunista: socialbauru.com.br/author/isadoraventurini/.

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