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Um dia: terça-feira. Um evento: lançamento da Nova Mesa, linha de carnes da Minerva Foods. Um convidado: Olivier Anquier. Uma pauta: entrevista com Olivier Anquier. Bom, até aí estava tudo normal. Isso mesmo, até aí. Depois de fazer a entrevista com o culinarista e apresentador do canal GNT, eu mal sabia o que me esperava!

O evento, que foi realizado em Bauru, reuniu proprietários de supermercados e a imprensa da cidade e região para lançar um novo conceito em carnes que promete surpreender o consumidor. Muito atencioso e cavalheiro como poucos, Olivier conversou com toda a imprensa que estava no local, minutos antes de preparar um jantar para todos os convidados. E era aí, que morava o perigo.

Logo ao começar o show, o apresentador perguntou quem, dos que estavam presentes, amava cozinhar. Muitas pessoas levantaram a mão. Em seguida, ele perguntou quem odiava a cozinha e para essa resposta, só eu levantei. Surpreso, ele perguntou: “você não cozinha nada mesmo?”. E eu respondi: “nadinha!”

Bom, o show continuou e ele disse minutos depois: “vou fazer agora uma carne, especialmente para vocês. Mas não vou fazer sozinho! Vou cozinhar com a ajuda da única pessoa que disse que não cozinha nada!”

Depois de ficar vermelha, em pânico, rezar para não tropeçar e agradecer a Deus pela oportunidade, eu subi ao palco, recebi o avental que ele usava e comecei a cozinhar. Quem me conhece sabe que eu nunca nem acendi um fósforo! Ter a oportunidade de cozinhar ao lado de umas das pessoas mais influentes no mundo da culinária, foi muito emocionante!

Às vezes, me pergunto por que escolhi essa profissão – uma carreira tão difícil e tão desgastante. Aí, acontecem momentos como esses, que são verdadeiras respostas e me mostram o porquê eu escolhi ser jornalista.

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A seguir você confere a entrevista (feita antes de todo esse episódio) com Olivier Anquier:

SB: Quando você decidiu trabalhar com culinária?
Olivier:
“Surgiu de uma forma repentina e nunca foi almejado como forma de vida. Cozinhar é uma realidade que existe na minha vida há algumas gerações. Na minha família, nós temos isso como uma filosofia, como a busca dos prazeres que a culinária pode proporcionar, de todas as suas formas. Todos os seus momentos. Eu e meus irmãos fomos educados dessa forma, envolvidos na cozinha, principalmente pelo meu pai. Aos domingos, ele sempre fazia aquele almoço especial. Claro que o trabalho de descascar as batatas era meu, né? (risos) A gente acordava 6h30 da manhã, ia à missa e depois, a gente ia até à feira, onde o meu pai fazia a compra para o almoço. Então, todos esses momentos representam momentos de emoções, momentos de prazer e essa filosofia impregnada em nós desde a infância ajudou muito a minha escolha. A realidade da minha vida também me colocou em contato com essa filosofia de transformar as pessoas e a si próprio. Aí, pouco a pouco, eu decidi. Foi mesmo por acaso! Mas para mim é muito lúdico e prazeroso, mais que um trabalho. Não considero profissão porque faço aquilo que eu gosto de fazer.

SB: Inclusive eu já li que você não gosta de ser chamado de chef. É por isso?
Olivier:
“Sim, é exatamente por isso. Eu nunca estudei nada, nunca frequentei uma faculdade para estudar culinária, gastronomia. A minha relação é de prazer. Eu gosto de conhecer e estar com as pessoas.”

SB: E como foi a sua vinda ao Brasil?
Olivier:
“Eu vim para cá passar um mês de férias e estou há 33 anos! Eu me apaixonei pelo brasileiro. Foi muito impactante o encontro com essa cultura. A maneira do brasileiro levar a vida bateu com o meu jeito de levar a minha. Foi justamente pela comunicação, o jeito que o brasileiro encara a vida e o alto-astral eu me fizeram perceber que, o que eu estava vivendo até então, não era o que eu queria para a minha vida. Faz 33 anos que eu fiz a minha vida!”

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SB: E dos nossos pratos, qual o que você mais gosta de cozinhar?
Olivier:
“O que eu mais gosto de cozinhar é o Baião de Dois. Esse prato é uma festa! Tem muito movimento, é muito atraente e fácil de fazer. É unanimidade de todos.”

SB: O que você pode adiantar sobre a nova temporada do Diário de Olivier, seu programa no GNT?
Olivier:
“O que eu posso contar é que a gente tem vizinhos muito bacanas! Eu viajei pela América Latina e a coisa mais impactante, além da culinária, foi a descoberta dos nossos vizinhos. Eu adorei! São povos, culturas e sociedades muito simpáticas! São muito diferentes dos brasileiros, mas muito agradáveis. Eu gostei muito e eu espero que o público consiga perceber isso também. Eu gosto das pessoas, dos encontros e eu consegui encontrar histórias muito interessantes!”

SB: E qual foi a mais inusitada?
Olivier:
“Ah, difícil saber… eu fui para 13 lugares! São 13 episódios, imagina o quanto de história que não tem!”

SB: E para algumas pessoas, cozinhar é como se fosse uma terapia. Você considera da mesma forma?
Olivier:
“Com certeza! Quando se tem prazer em algo que você faz, você é mais feliz!”

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