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Em poucos minutos de conversa foi possível perceber o significado da corrida na vida do jovem Vitor Manso. Não só pelas duas caixas cheia de medalhas e troféus que ele trouxe para a sessão de fotos, mas pelo brilho nos olhos e empolgação que ele tem ao falar do esporte que mudou a sua vida.

Há quatro anos, Vitor começou a correr e, aos poucos, foi se apaixonando cada vez mais pelo esporte que tem tantos adeptos hoje em dia. Mas Vitor não é daqueles que corre de vez em quando para postar fotos nas redes sociais… muito pelo contrário! Tudo é muito levado a sério: Vitor acorda todos os dias às 5h30, corre quase todos os dias da semana e segue uma dieta rígida onde bebidas alcoólicas e doces não têm mais vez.

O resultado de tanto disposição? Menos 20 quilos, mais de 100 corridas no currículo e uma vida mais tranquila. “Eu acho que as pessoas que praticam esporte têm mais disponibilidade para tudo na vida e reclamam muito menos das coisas. Eu parei de reclamar e de me estressar com tanta coisa”, afirma.

Neste bate-papo, Vitor relembra o início, comenta sobre sua rotina, os locais em prática o exercício aqui em Bauru e mais detalhes sobre o esporte. “A corrida se tornou um vício… um vício bom”. Confira:

Quando você começou a correr?
Vitor: Na verdade, eu comecei a correr quando entrei na academia, aos 18 anos. Eu sempre fui gordinho e resolvi fazer algum exercício para emagrecer. E, sempre quando eu ia, o personal pedia para eu fazer alguns minutos de esteira e comecei a gostar.

E quando vieram as competições?
Vitor: Foi há uns quatro anos. Sempre via quando tinha corrida e ficava com vontade de participar, mas faltava companhia. Até que o meu primo aceitou participar comigo e assim começamos a correr aqui em Bauru. Passava a época das festas, que a gente comia muito, já ia para a Getúlio correr! (risos). E com o tempo fui participando de competições. A primeira foi do Bradesco.

Até hoje, quantas corridas você já participou?
Vitor: Já participei de mais de 100 corridas. Participo de todas que tem em Bauru e região. Tenho vontade de tentar corridas em locais mais distantes, mas não quero ir só para participar, quero ganhar. Tem muita gente que participa de corrida em Paris, por exemplo. Eu também quero ir, mas só vou quando tiver a chance de ganhar. E isso não é falta de humildade da minha parte. Eu sei que posso não vencer, mas quero, pelo menos, terminar bem.

Você costuma correr em quais lugares aqui na cidade?
Vitor: Corro sempre na Avenida Getúlio Vargas, na avenida próxima ao Camélias, perto do Shangrilá, próximo de Piratininga, Nações Norte e na pista da USP. Eu tenho uma rotina: acordo 5h30, vou à academia, tomo banho e vou trabalhar. Quando eu não faço isso, chego do trabalho com sono e me sinto muito ‘desligado’. Gosto de ir para o trabalho mais atento, sabe? Aí, quando saio do meu emprego às 17h, vou treinar mais uma vez. De manhã eu treino cerca de 45 minutos e à noite também.

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Os treinos acontecem até aos finais de semana?
Vitor: No sábado eu descanso, mas no domingo eu treino novamente e sempre alguma distância longa. Corro entre 15 a 20 quilômetros.

Quando você deixa de treinar? Quando está chovendo, por exemplo?
Vitor: Não, mesmo em dias de chuva eu treino normalmente! O único descanso acontece aos sábados. Mesmo quando eu viajo, eu levo o tênis para correr e treinar normalmente.

Você comentou sobre vários lugares que utiliza para correr aqui em Bauru. Você acha que a cidade está preparada?
Vitor: Depende do lugar que eu escolho para treinar. Se eu vou fazer um treino mais curto, consigo ir na Getúlio Vargas. Mas se vou correr 10 ou 15km, prefiro ir em uma estrada de terra perto de Piratininga. Mas confesso que nunca tive problemas, nem com motoristas.

Você já pensou em desistir dessa rotina?
Vitor: Não, de jeito algo. Na verdade, o cansaço me motiva a ir até o final. A corrida mudou muito o meu psicológico.

De que forma?
Vitor: Hoje eu não desisto tão facilmente das coisas. Mudei completamente o meu perfil e hoje sou mais persistente. Sem contar que, quando você começa a praticar algum esporte, tudo muda na sua vida. No começo, eu ia só para participar, mas depois de um tempo, eu sempre queria melhorar a colocação. Eu era o meu desafio. E eu acabei levando isso para todos os campos da minha vida. O que eu sou no trabalho, por exemplo, é um espelho de como eu sou como atleta. Sem contar que até a alimentação mudou.

O que mudou?
Vitor: Tudo! (risos). Antigamente, eu bebia bastante com os amigos e hoje eu não bebo mais. Inclusive, perdi mais da metade dos amigos que eu tinha por causa disso. Antes todos me chamavam para ir beber, comer alguma porção e eu cortei tudo isso da minha vida. Também não como doces, somente aos finais de semana. Já frituras e gorduras eu cortei totalmente.

A sua profissão atualmente não tem a ver com o esporte. Pensa em um dia unir os dois?
Vitor: Não penso. Eu sou formado em Técnico de Sistema de Informação e não pretendo mudar de profissão. Quero que a corrida continue sendo um hobby.

Ainda sobre os locais que você utiliza aqui na cidade: se você pudesse propor alguma melhoria para a cidade, qual seria?
Vitor: Ah, eu acho muito legal ter a ciclofaixa na cidade e acho que as empresas poderiam incentivar mais o uso da bicicleta nos seus funcionários. Meu emprego, por exemplo, não tem bicicletário e isso é horrível. Por que as empresas não fazem alguma ação com aquele funcionário que vai de bicicleta e chegou no horário? Ele poderia ganhar um dia de descanso ou um outro prêmio, talvez. Quem pratica um esporte, tem uma alimentação melhor, tem mais disposição e a empresa se beneficiará disso também. Eu acho que as pessoas que praticam esporte têm mais disponibilidade para tudo na vida e reclamam muito menos das coisas. Eu parei de reclamar e de me estressar com tanta coisa.

O esporte acabou mudando isso também na sua vida…
Vitor: Com certeza. O esporte me trouxe uma paz e uma calma que eu não tinha. A corrida se tornou um vício… um vício bom.

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