Baixa umidade do ar em Bauru

Você tem sentido olhos e nariz secos, irritações na pele e crises alérgicas? Esses são alguns sintomas da umidade do ar na nossa cidade. Segundo dados do IPMet em Bauru, a umidade relativa do ar em Bauru está entre 20% e 30%, característica comum da estação em que estamos – o inverno.

O baixo índice de chuvas, em média cinco vezes menor do que no verão, confere estado de atenção para a população. Segundo o médico otorrinolaringologista, Victor Carvalho Lamônica, a facilidade da poluição de dispersar no ar aumenta os índices de infecções.

“Devido a baixa umidade do ar, ocorre um maior ressecamento de pele e mucosas, principalmente de nariz e garganta. Para o correto funcionamento dessas estruturas, produzimos diariamente 1,5 litros de secreção que promove a correta hidratação e limpeza das vias respiratórias. Durante o período de seca, ocorre espessamento dessa secreção, prejudicando a remoção das partículas ofensivas ao organismo”, explica.

Mais água

Para diminuir os sintomas e o mal-estar causado pelo tempo seco, algumas iniciativas podem ser tomadas como soro fisiológico no nariz e lágrima artificial nos olhos. Além disso, o fundamental para que o corpo inteiro funcione melhor é o aumento da ingestão de água.

Em média, a quantidade essencial é de 2L de água por dia, porém esse número varia entre crianças, idosos e lactantes. Para a nutricionista do Instituto de Nefrologia de Bauru (INEB), Leticia Pacheco Gonçalves, cada pessoa deve satisfazer a necessidade do organismo aos primeiros sinais de sede.

“Além de beber água apenas quando está com sede, ingerir líquidos deve-se tornar frequente ao longo do dia, já que a sensação de sede pode estar diminuída. Ter uma garrafa com água sempre por perto ajuda, além de também podermos contar com o auxílio da tecnologia. Hoje em dia existem alguns aplicativos que nos lembram de tomar água“, diz.

Alimentação aliada

Os alimentos que ingerimos influenciam nos efeitos da quantidade de água no nosso corpo, tanto positivamente quanto negativamente. “Assim como existem alimentos que auxiliam na hidratação, há aqueles que fazem o processo contrário e podem contribuir para uma maior perda de líquido e sais minerais. Esses alimentos devem ser evitados em épocas muito quentes ou de baixa umidade do ar”, conta Victor.

Confira alguns alimentos que favorecem a hidratação: abacate, açaí, arroz integral, abóbora, acerola, agrião, banana, batata cozida, brócolis, couve, cenoura, espinafre, feijão, laranja, kiwi, manga, melancia, mexerica, pepino, pimentão, tomate cru, peixes como badejo.

Alimentos com grandes quantidades de sal e de gordura devem ser evitados. Além disso, deve-se ter cuidado com alguns chás com efeito diurético e alimentos ricos em fibra, pois aumentam a perda de água pelo organismo.
Alguns alimentos que devem ser evitados: bacalhau, sardinha, carne seca, queijos como parmesão ou provolone, molho shoyu, molho de tomate, frituras, chocolate em excesso, alimentos gordurosos, café, chá mate, chá verde, bebidas alcoólicas, alimentos enlatados, defumados e embutidos, temperos industrializados, caldos ou extratos concentrados e sopas industrializadas.

Mais umidade em casa

A sensação de tempo seco pode ser diminuída também dentro de casa. Algumas iniciativas ajudam a deixar o ambiente mais úmido e, consequentemente, melhorar a respiração e os efeitos da secura. Veja algumas dicas caseiras:

– Deixe um balde de água ou uma toalha molhada no quarto e demais ambientes da casa. Principalmente se o ar condicionado estiver ligado;
– Evite exercícios físicos no período de maiores temperaturas e menor índice de umidade do ar (entre 11h e 18h);
– Evite ficar exposto ao sol;
– Tome bastante líquido;
– Ofereça água para aqueles nos extremos de idade – crianças e idosos – neles, o centro de sede pode não estar 100% regulado e não percebem a falta de água no organismo.

 

 

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