Hoje, 30 de janeiro, é o Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos. A data é uma forma de celebrar o estilo de contar histórias por meio das ilustrações sequenciais, que passou a ser chamado de nona arte justamente pela capacidade de encantar, provocar sentimentos e transmitir ideias.

Para comemorar o dia, nós listamos nove criadores de quadrinhos que são destaques nacionais e contribuíram para o campo aqui em Bauru.

1) Camilo Solano

Nascido em São Manuel, Camilo Solano se formou em Design na UNESP de Bauru em 2013. No início, trabalhou em empresas da cidade, antes de engatar nos quadrinhos. Apaixonado por HQs desde criança, o ilustrador já trabalhou para a revista MAD, foi finalista do prêmio Jabuti em 2018 e tem várias indicações ao Troféu HQ Mix.

Artista dos quadrinhosFoto: Divulgação

Conheça as HQs: ‘O fio do vento’, ‘Inspiração’, ‘Onde eu tavo?’, ‘Captar’, ‘Desengano’, ‘Badida’, ‘Solzinho’, ‘Semilunar’, ‘Re-exista’, ‘Cascão – Temporal’ e ‘Cidade Pequenina

2) Gleisson Cipriano

Nascido em 1993, em Franca, Gleisson Cipriano graduou-se em Design Gráfico pela Unesp de Bauru (2012-2017), passando um ano na Savannah College of Arts and Design, nos Estados Unidos, no período de graduação. Atualmente, é professor na Quanta Academia de Artes. Segundo ele, a forma de leitura dos quadrinhos é dinâmica e participativa, por isso é tão envolvente. Desde 2017, produz a série ‘Sem Raça Definida’ (SRD), na qual cães e gatos são os protagonistas.

Artista dos quadrinhosFoto: Reprodução/CCXP

Conheça as HQs: ‘A Última Vez’, ‘Reviver’, ‘Crônicas de Pelo e Fôlego (SRD)’, ‘Baile de Máscaras’, ‘Dogtective Comics (SRD)’, ‘Atlas, The Munchkin (SRD)’ e ‘Caçada Azul (SRD)

3) Gustavo Duarte

O cartunista e ilustrador Gustavo Duarte começou a carreira publicando os trabalhos no Diário de Bauru, de 1997 a 1999. Em janeiro de 2000 voltou a São Paulo, cidade onde nasceu em 1977, para ser designer gráfico na Editora Abril, além de publicar ilustrações na Folha de S.Paulo, Veja, Forbes, Le Monde Diplomatique, entre outras, e trabalhar como diretor de arte na W/Brasil. Desde 2009, está focado nas HQs, inclusive vencendo oito Troféus HQ Mix e publicando nas editoras Dark Horse e Marvel Comics.

Artista dos quadrinhosFoto: Reprodução/Universo HQ

Conheça as HQs: ‘’, ‘Taxi’, ‘Birds’, ‘Monstros! (2012)’, ‘Monstros’, ‘Chico Bento – Pavor Espaciar (2013)’ 

4) Mbona Paulo

O angolano Mbona Paulo faz mestrado em Design na Unesp em Bauru, depois de se formar em Arquitetura na mesma universidade. Apesar da formação nessas áreas, a ilustração sempre fez parte da atividade dele, com trabalhos voltados para a análise crítica sobre os países com o qual tem ligação. Nas HQs, o principal trabalho é ‘O Trauma’, que aborda o racismo.

Artista dos quadrinhosFoto: Divulgação

Conheça as HQs autorais: ‘O Trauma’, ‘Reviver’, ‘Livro Zine Baú’ e ‘Narrativas

5) Raphael Mortari

Designer e ilustrador de Bauru, o paulistano Raphael Mortari já trabalhou para revistas como Runners World, Mundo Estranho, Galileu e Época e tem traços que mostram a inspiração do cinema e da cultura pop. No trabalho autoral, tanto nos contos, quanto na HQ, gosta de trazer questionamentos sobre política e cotidiano.

Foto: Divulgação

Conheça a HQ: ‘Supernada

6) Rafael Oliveira

O bauruense Rafael Oliveira transformou uma brincadeira de criança – de desenhar e colorir – em paixão e trabalho. Após a formação em Design, ele trabalhou como designer no Jornal da Cidade, produzindo ilustrações e HQs para o caderno infantil. Foi um dos fundadores da editora independente Red Door HQs, que publicou algumas obras nos anos 2010.

Foto: Acervo Pessoal

Conheça as HQs: ‘O Pagamento’, ‘Esperança’, ‘Feira Livre’, ‘A Busca’, ‘Momentos’ e ‘Red Door HQs Vol. 1

7) Renato Quirino

Renato Quirino é um artista gráfico com base em Bauru, com experiência nos mercados editorial, publicitário, entretenimento e moda. Durante a trajetória profissional, produziu as HQs ‘Aokigahara’, sobre a jornada de dois jovens a uma floresta no Japão, e ‘Máquinas não choram’, que se passa em um futuro onde os smartphones foram substituídos por BOTs. Ele, inclusive, já divulgou trabalhos na CCXP.

Artista dos quadrinhosFoto: Acervo Pessoal

Conheça as HQs: ‘Aokigahara’ e ‘Máquinas não choram’ 

8) Ryan Smallman

Aos 6 anos, Ryan Smallman mudou dos Estados Unidos para Bauru, por isso, talvez seja o norte-americano mais bauruense que você vai conhecer. Em 2017, tornou-se ilustrador do site Omelete, inclusive trabalhando na CCXP. Além disso, já atendeu clientes como NFL, Star Wars, Adobe, DC, CCXP, Marvel Studios, Legendary, FIFA, Lionsgate, e se aventurou nos quadrinhos com o lançamento de ‘Busker’ em 2018. Atualmente, é ilustrador, designer e artista de HQs.

Artista dos quadrinhosFoto: Divulgação

Conheça a HQ: ‘Busker

9) Vagner Fernandes dos Santos

Motorista de Uber em Bauru desde 2020, Vagner Fernandes dos Santos resolveu contar as histórias curiosas que passa dentro do carro em formato de quadrinhos. Com o tempo, as experiências se transformam em dois volumes de HQs chamados ‘Momentos Uberísticos’. Apesar de colocar em prática só nos últimos anos, o contato com a arte e a vontade de criar visualmente vêm desde a infância.

Foto: Acervo Pessoal

Conheça as HQs autorais: ‘Momentos Uberísticos – Volume 1’, ‘Momentos Uberísticos – Volume 2

Curiosidades sobre as HQs

Além dos criadores dos quadrinhos, Bauru também tem outras ligações com as HQs. Confira algumas curiosidades:

  • Uma das personagens mais famosas dos quadrinhos é bauruense! O primeiro casamento de Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica, foi aqui na cidade, assim como o nascimento da primeira filha: a Mônica de Sousa, inspiração para a personagem do vestido vermelho.
  • A cidade já teve algumas iniciativas que contribuíram para os lançamentos de histórias em quadrinhos por artistas de Bauru. Entre eles, estão os grupos Caneca HQ (criado por Fernando Hideki Miyabara, Guilherme Massau, Heyan, Mbona Paulo e Will Barros) e o Red Door HQ, que atuou como editora independente. 
  • Além disso, foi em 2015, em Bauru, que surgiu o Grupo de Artes Sequências (GAS), por estudantes da Unesp. A ideia inicial era ter um espaço digital para debater o tema, o que em seguida virou organização de eventos presenciais, oferta de cursos e ajuda em publicações, como ‘A Última Vez’ e ‘Reviver’.
  • Quando o assunto é só o visual, Bauru também é uma cidade que fomenta as artes, por exemplo com os ilustradores. Um deles é o Rafa Monti, responsável pelo desenho da camiseta que homenageia Bauru e por trabalhos como campanhas para o metrô de São Paulo, a ilustração na entrada do Bendito Santo e diversas animações.
  • E se Bauru é um espaço para produtores da arte sequencial, é claro que não podia faltar bons locais para comprar HQs de todos os tipos. Uma boa alternativa para encontrar quadrinhos antigos, raridades ou até mesmo para pagar mais barato são os sebos, como o Hesse (antigo Clepsidra) e o Espaço Literário, na praça Rui Barbosa.
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